"A vida acontece sempre no presente"

seja bem vindo!
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27 dezembro 2013

Como foi o seu Natal? Tomara que tenha sido quentinho!


13 dezembro 2013

NOSSA CASA EM 2013!!!!




MOMENTO PINTURA!!!




VISITA DO FILHO!!!

HORA DA GINÁSTICA COM O DR RONAM!!!

FAMILIAR VOLUNTÁRIO!!!!



HORA DA FISIOTERAPIA!!!




EXERCITANDO OS PULMÕES!!!

EXERCITANDO OS MÚSCULOS DA PERNA!!!

este é um pouquinho do nosso dia a dia pra você!

01 novembro 2013

CABEÇA NAS NUVENS - quando a falta de atenção me leva pra outro lugar fora do presente



Muitas vezes falta de atenção vem quando meu interesse está em outras coisas, distantes do momento presente. É o que acontece quando alguém me conta sobre sua viagem à Jerusalém enquanto penso nas contas pra pagar... como “curtir” com o amigo suas novidades? Daí ele te pergunta: “você não acha?” e você diz que acha sei saber do que se trata, torcendo pra ter sorte de não ter concordado com a coisa errada!
Outro fato muito comum é quando estamos ansiosos ou com pressa para se fazer algo. E todos nós temos experiências de que a pressa é inimiga da perfeição. Porquê?  Porque a pressa também nos rouba a atenção. É como um aprendiz de malabares quisesse se apresentar para um grande público sem ensaiar... ele não se preparou e logo já quer fazer que tudo dê certo com todas as bolas... Não sei se este é o melhor exemplo mas o exemplo das bolas é legal não é? Quando estamos com pressa fazemos malabarismo para colocar documentos na bolsa, tomar o remédio, conferir o gás, fechar a porta dos fundos, colocar água pro gato, fechar a porta da frente (será que com chave?), correr pro ponto de ônibus e quando se assenta pra pegar a carteira de passe livre... ela não está na bolsa... coisinhas pequeninas que todas juntas ao mesmo tempo se transformam em grandes chateações!!
A atenção é o primeiro passo para se fixar uma informação e então transformá-la em memória. Se na hora que uma pessoa estiver me contando algo e eu estiver com a mente em outra questão, experimente repetir o que a pessoa lhe disse. Pode ser que você consiga, não duvido. Mas muitas vezes ouço queixas do tipo: “ela me disse o nome do produto, mas não lembro qual”, “eu ouvi que ele marcou o dia, mas não sei se é pra voltar ou pra ligar...”, “eu passei em frente desta loja mas não sei se é na rua de baixo ou de cima. Acho que preciso de um neurologista...”
A atenção nos ajudacapturar detalhes da informação, importantesparaa memorização. Se enquanto ouço um caso conseguir criar imagens ricas em detalhes, tenho mais chance de fixá-lo. Ao criar tais imagens estou fazendo conexões entre o que ouço e o que entendo, entende?Caso não consiga criar... faça um algum esforço, pois a mente de qualquer ser humano é altamente criativa em qualquer idade, independente de seu nível intelectual.
Outra dica interessante é desenvolver uma estratégia interna de se satisfazer com o momento presente, viver o “agora”. Para isso veja todo o passado como uma grande lição através dos erros e uma conquista de experiências que “fez chegar até aqui. Quanto ao futuro compreenda que certamente ele virá com felicidades se você viver o presente de forma concentrada, íntegra e da melhor forma que conseguir viver.
O que quero dizer com esta filosofia toda? Que você desenvolverá mais interesse por cada minuto de sua vida e manterá a atenção a cada passo dado em seu dia a dia. Ou seja, você se envolverá com mais qualidade em seus afazeres e demandas e saberá selecionar: “o que é interessante porque eu gosto agora, o que é interessante porque eu preciso agora e o que não é interessante e muito menos preciso agora”.
Quanta economia de energia mental para ajudar a fixar mais as informações! Tenho certeza que a cada dia você se sentirá “mais vivo” por estar mais presente no agora,sentirá mais seguro de si pois se tornará mais concentrado no que de fato acontece, tanto com as pequenas até com as grandes coisas.
Que você a cada dia mais escreva linhas felizes para sua história!

Gal Rosa
terapeuta ocupacional há mais de 10 conduzindo oficinas para estimulação da memória

01 outubro 2013

PINTANDO MEMÓRIAS


O que são memórias senão registros? A memória não é algo que se pega com as mãos, mas é algo que é vivenciado, percebido. E a memória é o que é, servindo no máximo pra uma só coisa: guardar. Ou seja, a memória não pensa, nem cria pensamentos!
Sendo assim, algo tem que ter esta função... O que deveria ser senão o intelecto? O intelecto é uma espécie de ferramenta que usa memórias para criar raciocínios, pensamentos, ideias. É o intelecto que trabalha de verdade enquanto as memórias... apenas curtem ser o que são e pronto! Ele possui as tarefas de escolher, decidir, direcionar o fluxo e as combinações de memórias. Você ainda não perguntou onde tudo isso acontece? Pois acontece na mente! A mente é o ambiente importante para o intelecto mexer com as memórias pra lá e pra cá. Puxa vida! Memória tem vida mansa e nem sabe quando são esquecidas ou lembradas, sabe por que? Porque elas precisam de algo muitíssimo importante para “darem conta de si”: a consciência! Na verdade podemos entender que “consciência é a percepção que o ser tem de sua própria existência”- tipo a famosa frase “penso, logo existo”. Está tudo resumido aí: pra pensar é necessário ter registros (que são as memórias), saber sobre o que pensar (que é tarefa do intelecto) e um lugar pra tudo isso acontecer (na mente).
De forma fácil, visualize que o intelecto é um pincel, as memórias são tintas de várias cores e a mente... a tela! Podemos pintar quadros maravilhosos ou horrorosos com a infinidade de registros de cores e tons variados que temos. E a escolha das cores e formas é i n d i v i d u a l! Ou seja, eu escolho o que pintar, ok? E não venha me dizer o contrário porque neste ponto de vista quem guarda os meus registros sou eu, certo?
Brincadeiras à parte, a consciência é o funcionamento de tudo isso ao mesmo tempo e como é ela que percebe a existência, é ela que tem poder sobre o intelecto. Sendo a consciência o próprio EU, quanto mais o EU conhece a si mesmo, maior poder de ação o EU consegue-se ter sobre as suas partes, pois o EU saberá como suas partes funcionam, pra que servem, como se interagem. Assim há a possibilidade de se direcionar os pensamentos de acordo com objetivos a serem alcançados. Haverá maior chance de precisão e assertividade nas ações. E o gerenciamento dos sentimentos, o que também podemos chamar de autocontrole, acontecerá cada vez mais fazendo com que surja a sensação de equilíbrio e segurança pessoal, mesmo em momentos onde surgem sentimentos ruins. Quando passamos por momentos ruins de forma elegante e sábia, o que experimentamos senão felicidade por reconhecermos nossas capacidades?
            Desejo que você faça de seus dias obras de arte! E através das tintas da memória com pincel do intelecto crie os melhores pensamentos possíveis em qualquer situação.

Qualidade de Vida na Melhoridade
Gal Rosa
Terapeuta Ocupacional em geriatria e gerontologia
Especializada em espiritualidade e autoconhecimento

25 agosto 2013

O ASSUNTO É... ALZHEIMER!






Todos nós provavelmente já ouvimos falar esse nome “bonito de feio”. Bonito porque tem a elegância forte do som alemão. Feio porque cada vez mais Alzheimer representa ser demente ou gagá, como diziam antigamente. Experimente fazer de conta que conversa com alguém chamado assim: “Ô Alzheimer, gostaria de uma xícara de café?”; “Alzheimer está para chegar dentro de alguns instantes...”; “Por gentileza, Alzheimer, entre e fique à vontade!” Credo! Não é estranho?

A história é mais ou menos assim: o psiquiatra alemão Alois Alzheimer, em 1906, conseguiu decifrar que algo físico impedia o bom desempenho da mente fazendo com que as pessoas perdessem a memória de um jeito muito esquisito. Ele encontrou umas proteínas acumuladas em forma de nós em algumas partes do cérebro de um indivíduo que provavelmente já estava morto. Ele compreendeu que com o tempo as partes afetadas atrofiavam e outras partes eram acometidas até que a pessoa ficasse como que “desconectada” do mundo físico. Claro que ele fez muitas outras observações!

A demência de Alzheimer surge geralmente em pessoas acima dos 60 anos e seu diagnóstico continua sendo concluído com segurança após a morte de seu portador, apesar de já existirem novas técnicas através de imagens. Pois pense bem: para o exame de detecção de uma doença com características de distrofia geralmente é necessário uma biópsia. Já pensou retirar neurônios de quem demonstra a perda dos mesmos? Isso não seria nada inteligente! Neurônios não se regeneram quando seu núcleo é atingido. E por isso devemos fazer de tudo para preservá-los, colaborando com a natureza que já nos deu um caixa forte: o crânio! Sendo assim, o exame para melhor detectar a demência tipo Alzheimer é uma necropsia!

Puxa! Então quando uma pessoa recebe em vida um diagnóstico de demência tipo Alzheimer pode ser que ela nem tenha Alzheimer? E então pode ser que todos próximos desta pessoa sofram por algo que “pode ser que não seja”, antecipando situações indesejadas? Principalmente afetando o relacionamento afetivo com a pessoa com diagnóstico suspeito?

É isso mesmo! Uma influência “de não sei de onde” fez com que coletivamente desenvolvêssemos um grande pavor deste nome. Coitado do Sr Alois! E já vi casos que o familiar ficou tão afixionado com a palavra Alzheimer utilizada no provável diagnóstico do médico que imediatamente começou a tratar a mãe como se já estivesse “desconectada” do mundo. Esta senhora tinha na verdade uma demência específica na área da fala, o que fazia com que as pessoas ficassem aflitas por compreendê-la. Num belo dia, tal senhora me disse “você é a única que me compreende... meus filhos tratam de mim como se eu já não estivesse mais presente e fico muito triste com as coisas que ouço...”. Na verdade ela precisava apenas de tempo e paciência para dar conta de completar suas frases.

Interessante observar que a doença se comporta de forma específica de pessoa pra pessoa, geralmente acima dos 60 anos. Mas podemos dizer que existem sintomas comuns, que descritos em até 4 fases:

- fase inicial: o desempenho mental assemelha-se a um estresse ou cansaço mental muito parecidos com sinais costumeiros, comuns ao processo do envelhecimento.

- 2ª fase: lapsos de “memória recente” nítidos e os pensamentos apresentam alguma desordem, troca letras ou palavras. Nesta fase a pessoa consegue perceber que “algo está errado” e pode se sentir muito envergonhada. Talvez a pessoa não consiga mais sair sozinha.

- 3ª fase: a memória funciona de forma desorganizada, a fala se mantém conectada ao passado com frequência, memória recente quase inexistente, mudanças de humor, a pessoa necessita ajuda para atividades de autocuidado (banho, vestuário, alimentação). Há muita dificuldade para escrever até mesmo o seu nome.

- 4ª fase: em muitos casos há perda total da fala ou fala empobrecida. A pessoa está totalmente dependende de cuidados. As habilidades motoras começam a ser afetadas.

A evolução das 4 fases da doença ocorrem em média em 8 anos para pessoas que não se tratam. A expressão da mesma pode alterar de um indivíduo a outro pois nunca se sabe qual parte vai ser presenteada com aqueles “nós”.

O importante é que mesmo não podendo ser curada, é uma doença que pode ser tratada objetivando melhor qualidade de vida e redução da velocidade de degeneração dos neurônios. A família também recebe bastante apoio dos tratamentos, que inclui: médicos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e enfermagem domiciliar geralmente nas fases mais avançadas. Uma boa casa de cuidados ajuda muito, tanto pra moradia, quanto para passar o dia.

Atualmente percebemos que a doença de Alzheimer assume uma origem multifatorial, ou seja, diversos fatores podem estar envolvidos sem sabermos quais são os certos. Mas é certo que... todos nós podemos desenvolver esta demência.  A genética e a cultura influenciam muito, mas conhecemos casos de pessoas intelectuais com Alzheimer, negros, brancos, ricos e pobres, felizes e tristes... O que podemos fazer para prevenir esta demência?

Bem, como ainda não sabemos a origem certa, não tem como prevenir de forma eficaz, mas tem como seguirmos um ritmo de vida saudável o melhor possível garantindo nosso engajamento no mundo através da forma como cuidamos do corpo físico, de nossas habilidades, nossos relacionamentos, nossos interesses por novidades e principalmente senso de compreensão dos limites humanos e ao mesmo tempo satisfação por cada instante vivido.

Mas você sabia que existem mais de 200 tipos de demência? Sim! E que podem ocorrer em quaisquer idades? Demência não é coisa de velho apesar da fácil associação que fazemos com esta fase da vida pela imagem fácil do desgaste que uma demência nos oferece. Pois ao desgaste... atribuímos algo que está velho!

Podemos olhar para a palavra demência através do conceito de “sem mente” por haver perda de massa cinzenta, a massa que é formada pelos corpinhos dos neurônios. Particularmente acho que deveria ser “decerebrência” ou  “decerebrado” por acreditar que é impossível destruir a mente, mas o cérebro, sim! Ele é corpo físico e..  é ele, o bonitão formado por neurônios, diferente da mente que é formada por ideias. 

Concordo que para haver ideias é preciso jogar informação na mente vinda através das conexões dos neurônios. Mas acabam sendo todas palavras muito feias, de qualquer jeito, não é mesmo? Acho que é por isso que preferiram chamar tudo de Alzheimer. É chique!

No texto da próxima semana podemos conversar sobre como diferenciar uma mente cansada de uma demência, ou até mesmo uma demência de outra pra não ficar chamando tudo que é esquecimento de Alzheimer. O que acham?



TO Gal Rosa


19 junho 2013

“Poema para os Mais Jovens”

 

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O tempo passou

e as coisas mudaram,

Minha força já se foi,

meus cabelos branquiaram.


Já não tenho agilidade,

trabalhar não posso mais.

Mas, me sinto importante,

não me considero incapaz.


Preciso que tenham paciência,

mas não que tenham dó de mim.

Não sou forte como antes,

mas gosto da vida mesmo assim.


Pare e pense então:

se seus anos prolongarem

assim com os meus prolongaram,

faça o bem a um idoso

e irá  colher o que plantou.

POEMA DEDICADO À SEMANA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

CRIADO POR KATLHEEN – aluna da Creche Abrigo Jesus – Belo Horizonte MG

parabéns à todos os alunos que com criatividade e visão positiva demontraram também os cuidados que devemso ter com os idosos. Todos os desenhos foram distribuídos para os idosos que compareceram na abertura oficial da campanha no estado de Minas Gerais, em prsena de autoridades. A iniciativa foi muito elogiada como sendo a primeira vez que se via o tema sendo trabalhado no ensino fundamental.

 

incentivo: AQUAVIME – associação qualidade de vida para melhoridade

facebook AQUAVIME

09 junho 2013

SEMANA DE DICAS PARA SE COMBATER A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

1ª. dica: “AME DEUS SOBRE TODAS AS COISAS”:

 

pequenino

Não importa se você tem ou não uma religião. Acredite que há algo supremo em nossa existência e que se relaciona com o “eu interior”. Em qualquer situação de aborrecimento ou de estresse que você venha a passar com alguém já em idade avançada, lembre-se que todos nós somos iguais em nossa essência: somos seres em corpos humanos. E através dos corpos humanos buscamos o mesmo objetivo em todas as coisas que fazemos, não importa a idade: queremos ser felizes!

Ok! Se Deus não existe pra você, acredite que sua felicidade depende de sua contribuição para “RE-conquistá-la”. Sim! Ela foi perdida em algum canto... e assim os vícios de comportamento aproveitaram da oportunidade de sua falta de atenção! Te pegou de jeito, ou melhor, mal jeito e daí na primeira oportunidade que surge você desconta de algo ou alguém aquilo que foi roubado de você!

Puxa! E geralmente o idoso é vítima dessas situações, sabe-se lá por quê...

Porquê? Pergunte-se agora o motivo das agressões contra o idoso e veja que quase sempre poderá haver uma relação de “saldar alguma dívida”. Use sua inteligência para descobrir uma outra maneira de saldar a dívida. Como? Use suas virtudes já! É a melhor maneira de resgatar a felicidade perdida. Na mesma hora que você usa uma virtude, você experimenta a felicidade. É incrível! Paciência, tolerância, perdão, compreensão... e custa apenas seu esforço com efeito duplo: pra você e pro outro!

Agora, se Deus existe pra você então espelhe-se em sua bela imagem: um Paizão benevolente, amoroso, que vê o erro dos filhos e tem muito amor e paciência! Ele deve achar graça quando a gente erra e como Ele deve saber que nossos erros nos levam à tristeza, Ele deve ficar torcendo pra gente acertar! Mas pra isso eu tenho que experimentar seu grande amor em meu coração senão... não adianta nada! Pois Deus é Deus! Ele ama e não fica carente caso eu não o ame! Ele entende mais do que a mãe da gente. Agora, já para nós humanos temos que amar Deus pra sentir que Ele nos ama. E esse deve ser o primeiro amor, mesmo descobrindo isso depois que a gente ama a mãe da gente. Amar a Deus sobre todas as coisas ma faz amar ainda mais o outro em um tipo de amor tão grande, mas tão grande que transborda todas as virtudes!

Como ter violência se tenho esse amor como referência?

02 junho 2013

IDOSO VIVE MAIS MAS COM MENOS SAÚDE? o que devemos fazer?

Idoso vive mais em SP, mas com menos saúde -

Claudia Collucci

  Os idosos de São Paulo estão vivendo mais, mas em piores condições de saúde. Na última década, a taxa de de incapacidade por doenças cresceu 78,5% entre os homens e 39,2% entre as mulheres acima de 60 anos.
Entre 2000 e 2010, essa população ganhou, em média, dois anos a mais de expectativa de vida, mas perdeu até três de vida saudável.
Os dados vêm de um estudo inédito obtido pela Folha feito a partir de um projeto da Faculdade de Saúde Pública da USP que acompanha diferentes gerações de idosos desde 2000.
  A expectativa de vida de homens de 60 a 64 anos passou de 17,7 para 19,7 anos. No mesmo período, o número de anos de incapacidade pulou de 4,4 para 7,2. Entre as mulheres da mesma faixa etária, os anos de incapacidade passaram de 9,4 para 13,2.
Esse descompasso entre a vida longa e a vida saudável também vem sendo observado em outros países. No ano passado, um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard comparou as condições de saúde entre 1990 e 2010 em 187 países.
  A conclusão foi que a expectativa de vida cresceu, em média, cinco anos, mas pelo menos um ano foi de vida com incapacidade.
"Saúde significa mais do que retardar a morte ou elevar a expectativa de vida ao nascer. Precisamos entender melhor como ajudar as pessoas a viver os anos extras em boas condições de saúde", afirma Joshua Salomon, professor de Harvard e um dos autores do estudo.

PREVENÇÃO
A boa notícia é que, segundo o estudo da USP, vale a pena investir em prevenção mesmo na velhice, seja incentivando a prática de atividades físicas e dieta equilibrada seja mantendo sob controle as doenças já instaladas.
"Isso quebra preconceitos. As pessoas pensam que prevenção só cabe aos jovens, mas ela deve ser incentivada para que os idosos tenham mais qualidade de vida independentemente das doenças que já tenham", diz o geriatra Alessandro Campolina, autor do estudo da USP.


O médico também fez projeções sobre o impacto das doenças que mais afetam os idosos. Se a hipertensão e a diabetes fossem controladas, por exemplo, os homens ganhariam até seis anos de expectativa de vida livre de incapacidade.
O aposentado Juan Gimenez Torres, 76, aposta nisso. Controla a pressão alta com remédios, e nem a prótese que tem no joelho é desculpa para fugir da academia.
Praticando atividade física três vezes por semana, perdeu oito quilos e atingiu a marca que desejava: 80 kg.
"Muito idosos acham que estão velhos para começar qualquer coisa. É um erro. Nunca é tarde. Tem que parar de ficar só reclamando."

    Doenças crônicas precisam ser controladas

    A prevenção e o controle das doenças crônicas, que respondem por quase 70% da carga de enfermidades dos idosos, são as chaves para um envelhecimento saudável.
    O estudo da USP revelou que existe um grupo de doenças cujo controle aumentaria a expectativa de vida livre de incapacidade. São elas: problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, quedas e doença pulmonar crônica.
    O trabalho alerta para o aumento do sobrepeso e da obesidade, que estaria ligado a uma maior prevalência das doenças cardíacas e cérebrovasculares.
    O câncer também vem aumentando na população idosa. Entre os homens, tumores de pulmão, próstata e colorretal são os mais prevalentes. Entre as mulheres, são os de mama, pulmão e colorretal.
    As doenças mentais, articulares e as quedas são outros fatores importantes de incapacidade.
    Para o médico Alessandro Campolina, os dados deveriam nortear os programas de prevenção e a alocação de recursos. "Não é só fornecer medicamentos. É preciso uma rede de assistência voltada para as necessidades dos idosos."

    DIFICULDADES
    Para a médica Maria Lúcia Lebrão, professora titular de epidemiologia da USP, faltam políticas públicas eficientes no país.
    "É muito papel escrito, mas as coisas não caminham. Um terço dos idosos de São Paulo enfrenta dificuldades imensas. Muitos vivem sozinhos, trancados em casa, explorados pelas famílias, desnutridos e deprimidos. É triste."
    Segundo ela, estudos já verificaram que até 40% dos idosos não têm contato social. "Muitos não têm limitação física, mas faltam estímulos."

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    fonte: Folha de São Paulo – domingo 02 de junho de 2013

    22 abril 2013

    Preguiça, cansaço e desânimo: qual a diferença?

    crianças

    Muitas vezes sentimos desânimo, vontade de “fazer nada”, preguiça enorme de qualquer coisa. A vida pára e eu me sinto agarrado em um lamaçal. Sensação comum do dia a dia. E para a terceira idade, diferenciar tais sentimentos pode ser de grande importância para garantir bem estar e prazer em viver. Afinal, porque tais sensações existem?

    Conversando com várias pessoas acima dos 60, analisamos que tais sensações recebem diferentes conceitos, os quais são influenciados de acordo com objetivos pessoais além do discernimento de como cada uma foi gerada.

    A preguiça, por exemplo, é uma sensação onde geralmente não encontramos bons motivos para se realizar algo. Não há metas a serem alcançadas, não há desafios para serem vencidos, não há atração alguma para que se realize aquilo. O resultado da preguiça em nível social é a constante vivência de falhas coletivas onde parecemos não mais nos importarmos com tais falhas: já nos acostumamos a misturar o lixo mesmo sabendo da importância de separá-lo, com a violência, com os apelos de consumo, com a corrupção... Na vivência pessoal a preguiça paralisa. Já viram a casa de alguém preguiçoso? Somos capazes de descrever facilmente como esta casa deve ser. Enfim, conseguimos conceituar a preguiça como sendo a ausência de objetivos, metas ou de bons motivos para se fazer algo. De maneira geral, podemos dizer que uma pessoa preguiçosa é aquela que tem dificuldades em encontrar objetivos na vida.

    O cansaço pode ser conceituado como esgotamento da energia disponível, seja física ou mental. Não necessariamente uma pessoa cansada é preguiçosa. Posso estar com preguiça e cheia de energia, posso estar cansado mas não com preguiça. Agora, se estou cansado e com preguiça... vale a pena refletir a respeito pois falta de objetivos e esgotamento podem ser sinais de que algo não está indo bem. Um profissional de saúde o ajudará compreender.

    Já o desânimo tem haver com o espírito: ânimo vem de anima, que por sua fez significa alma. Estar desanimado pode significar estar “desalmado”, ou seja, não há vivência verdadeira e integral daquilo que está sendo feito no momento presente. O espírito está longe... desconectado da realidade. Pode ser que o que você esteja fazendo não tenha nada a ver com você, pode ser que esteja fazendo algo pela vontade dos outros, pode ser que esteja fazendo algo de forma errada. Ou seja, você não está por inteiro dentro daquela situação, não está se preenchendo, se tornando feliz.

    Principalmente na terceira idade tais sensações aparecem como fantasmas e elas vêm “junto e misturado”: estar com preguiça, cansado e desanimado é a mesma coisa.

    Portanto, sempre que estiver desanimado pergunte-se “estou desalmado?” e verificará o quão forte é pensar assim, como se já estivesse morrido. Será? Verifique se há cansaço e então... descanse... durma, viaje passeie, fique sem “fazer nada” fazendo algo muito importante: descansando. Se há preguiça reveja seus objetivos de vida, se você já está perto de alcançá-los, afinal, já está na terceira idade, hora de alcançar todos os objetivos traçados no início de sua vida. E viva, com toda energia disponível esta fase de sua vida!

    artigo Jornal Noroeste BH Coluna Qualidade de Vida na Melhoridade maio 2013

    Gal Rosa

    Terapeuta ocupacional em geriatria e gerontologia

    Especialista em espiritualidade e autoconhecimento

    16 abril 2013

    UM DIA DE PASSEIO ESTIMULANTE PRA MEMÓRIA

    No dia 09 de abril a turma da Ginástica Cerebral de BH da terapeuta ocupacional Gal Rosa se encontrou na Praça da Liberdade com rumo marcado ao Museu Minas Vale: um museu de informações acerca da história mineira e, claro, nossas histórias.

    Esse foi o roteiro seguido:

    Sala das Celebrações Mineiras - Sala do Vale do Jequitinhonha - Sala da Fotografia - Sala dos Espetáculos de Minas - Sala Modernismo – Giramundo – Grutas e Cavernas – Fazenda Mineira – Aventuras de Minas – Inconfidência Mineira – Sala dos Povos

    Dia maravilhoso e com muita matéria para excelentes discussões acerca do funcionamento de nossa memória e deliciosas recordações. Vale a pena voltar com a família!

    clique e assista:

    VISITA AO MUSEU

     

    abraços, Gal Rosa

    03 abril 2013

    CAUSOS CRIADOS NAS OFICINA DE MEMÓRIA

    “Lá pras tantas da manhã, o sol já ia arto no céu. Saia eu di casa, num tinha dado meia duza de passos e avisto a cumá Tiana qui saía da casa dela de rudia e poti na cabeça rumo à bica panhá água e ela gritô: “onde vai a cumadi toda avechada assim?” No qui rispundi: “Tô avechada sim, cumadi, vô ino modi dá um adijitório à sinhá Constança, pois num é qui a coitada se num abastace a dor nos quarto qui azucrina, o sinhô Generoso qui já véve perrengue cum aquelas pereba na perna, agora se lhe apareceu uma danada dor nas cacunda que o coitado giritéia dia e noite na cabeça da cumadi. Fico azucrinada se num ajudá. Lá vô eu botá brasa no ferro mode alizá uma trochona de roupa. Inté, cumade. Adispois nois arrenga mais!”

    caipira

    criação de Ana Helena – turma I do Clube da Amizade de Ginástica Cerebral 2013

    uma delícia de causo que mexe com os neurônios pra gente poder entender o que mesmo ela quer dizer! Você seria capaz de traduzir as palavras em negrito recontando a história?

    19 março 2013

    Meditação para pessoas extremamente ocupadas

    Jayanti Kirpalani, muito ocupada,mais de 40 anos na prática de valores, mais de 90 países em projetos com a ONU, mostra como é fácil meditar!

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    O principal pra meditar é reconhecer sua verdadeira identidade. No momento que a mente está tranquila pode-se perceber que o que move o corpo é uma centelha de energia, o ser. Pensar sobre essa energia é estar consciente de nossa forma verdadeira. É desta centelha que os pensamentos surgem. Por considerar o corpo como “meu corpo” significa que sou seu dono e ele, minha propriedade. Tudo externo ao corpo não me pertence e por isso não pode ser controlado. Percebendo a coerência entre EU (dono) e meu corpo (propriedade), é possível ter autocontrole. O EU é quem pensa e o corpo oferece o suporte para expressão.

    Pensar sobre EU é pensar sobre seus princípios. Porém nos desconectamos desses princípios ao nos conectarmos com as coisas externas, que são verdades aparentes ou ilusões. Princípios verdadeiros constituem nossos valores originais e pertencem ao ser independente da família, religião, classe social. Afinal, todos queremos as mesmas experiências independente do fazemos ou temos: queremos sentir amor, paz e felicidade. Tudo que me faz refletir por alguns segundos ou minutos sobre tais valores é um movimento simples de meditação, não sendo preciso afastar da sociedade, sacrificar-se, nem aguardar um tempo na agenda. Assim que conecto EU com minha natureza original com pensamentos simples como “sou um ser de paz, agora estou sereno, com mente limpa... “ já estou meditando.

    Para uma agenda cheia de compromissos profissionais, almoçar em silêncio, caminhar em até mesmo nos corredores da empresa, dar uma pausa para um cafezinho, podem ser excelentes oportunidades para criar pensamentos que transformarão a mente naquele momento em um campo limpo, fazendo a consciência experimentar leveza e o intelecto, clareza. O resultado é autoestima, felicidade e paz. Assim vou além dos limites do mundo. A paz é natural, não preciso buscá-la: ela está dentro de mim.

    Site: www.bkwsu.org/brasil

    09 março 2013

    SER BEM CUIDADO NA IDADE AVANÇADA PODE SER QUESTÃO DE ESCOLHA

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    Diversas formas de envelhecimento podem ser comparadas com o estilo de vida assumido pelo indivíduo. De forma facilmente observável o envelhecimento traz aspectos da personalidade acentuados onde muitas vezes podem ser expressos por: resistências específicas, apegos diversos, vícios de comportamento, desinteresses variados, não desconsiderando o conhecimento adquirido. A questão é ainda mais importante quando se trata do modo como o indivíduo se relacionou com as pessoas durante a sua vida e a necessidade de cuidados especiais que pode vir acontecer ao atingir idade muito avançada. Sendo assim podemos considerar necessário repensar a forma como vivemos e nos relacionamos uns com os outros, pois tais fatores poderão determinar como envelheceremos.

    Conheço muitas histórias entre familiares e seus idosos que ilustram o passado entre eles na forma dos cuidados que recebem. Em geral aquele idoso que marcou o passado como exemplo de valores para sua família e cultivou boas formas de se relacionar com todos, criou seu momento presente com qualidade. Longe de fazer afirmações ou generalizações, o contrário procede. Não se faz necessário aqui questionar a “sorte de cada um”, pois é fato o retorno que também podemos ter de acordo com nossas ações.

    A violência contra idosos tem aumentado a cada dia na mídia. Podemos imaginar o que a mesma não consegue relatar. Em se tratando de idosos que se tornaram dependentes por algum motivo, faço uma reflexão acerca de como posso contribuir para garantir bons tratos em minha velhice:

    acredito que podemos garantir bons tratos em nossa velhice ao cultivarmos principalmente bons relacionamentos entre familiares e amigos. Já que não temos garantias para o físico e o mental, que possamos ter garantia em “fazer-me um ser querido por todos”, mais cooperativo, amigo, gentil. Que eu seja uma pessoa de fácil covivência através da prática de uma vida de valores morais, humanos, éticos e espirituais os quais desenvolvem em mim autoestima, segurança pessoal e propósito de vida.

    Uma vez que a tradução de um passado com conflitos familiares ou sociais geralmente é expresso com qualidade de vida abalada ao se envelhecer, repito a expressão acima de que o contrário também pode proceder. Percebo que não importam os limites físicos ou mentais adquiridos em uma idade avançada para aqueles que sempre foram muito queridos pelos seus familiares e amigos. Sendo assim torno-me o principal responsável por garantir um envelhecimento de qualidade independente dos limites.

    Se somos mais jovens é hora de escolhermos nossa forma de vida. Para aqueles que já não respondem por si é hora de receberem nosso perdão, conceituado através da compreensão acerca dos limites humanos. O aumento da prática de tais valores serão capazes de nos promover para dias melhores de convivência entre todos, sem quaisquer distinções.

    Jornal Noroeste BH mar/2013 coluna QUALIDADE DE VIDA NA MELHORIDADE

    por Gal Rosa – terapeuta ocupacional em geriatria e gerontologia / especialista em espiritualidade e autoconhecimento