O cuidador familiar muitas vezes deixa de cuidar de si ao se preocupar com os cuidados do outro em primeiro lugar.
Porém o “cuidar de si para cuidar do outro” me parece ser uma atitude bastante sensata por se tratar de uma ordem natural: como oferecer cuidados se não os tenho comigo mesmo? Como servir de energia saudável o outro se a minha própria está defazada? Ou seja, não tem como dar o que não tenho.
É muito comum vermos cuidadores estressados, cansados, irritados com as inúmeras demandas em seu dia a dia. Além do mais quando refletimos sobre o cuidador familiar, além do desgaste físico também encontramos o desgaste afetivo/emocional. Isto parece ser comum por “não conseguirmos fazer diferente”.
Acredito e verifico em minha prática profissional que se a família conseguir se organizar e dividir funções e responsabilidades como: quem cuida das atividades de vida diária, quem cuida das despesas, quem cuida das consultas, quem cuida do gerenciamento das contas, quem cuida do lazer e atividades socializantes etc… o cuidador familiar (os cuidadores familiares) poderão usufruir de melhor qualidade de vida e ter mais tempo pra si.
Outra dica muito boa consiste nos cuidados internos que o cuidador deve ter consigo: desenvolver seus valores como tolerância, calma, paciência consigo e com todos a sua volta, não somente com o indivíduo que precisa de cuidados. Também desenvolver uma visão de bom humor e positividade torna as tarefas mais árduas, fáceis de serem realizadas.
Não posso deixar de considerar o sentimento de aceitação pelos limites da vida e a gratidão pela mesma, considerando sua história pessoal e a história de quem ele cuida como sendo histórias únicas e que acontecem como devem acontecer.
Assim não “brigamos com Deus”, nem espalhamos raiva e revolta mas passamos a contribuir com o meu bem estar, o bem estar de quem é cuidado e de todos os demais que participam da relação.
um excelente dia pra todos!
Gal
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